Bissau, 05 agosto 2024 (DW) – Vários jornalistas participaram hoje num longo sermão do Presidente guineense, intitulado de “tertúlia”. Sindicato mostra-se decepcionado com declarações de Sissoco Embaló no evento e lamenta “falta de união” na classe.
Descontente com as críticas dos analistas guineenses a sua governação, feitas no estrangeiro, o Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, decidiu tomar mais de três horas dos jornalistas para maldizer os pensadores, esta segunda-feira (05.08).
Mas esses não foram o alvo exclusivo do encontro. Os jornalistas, que têm sido objeto de total desrespeito e abuso por parte de Sissoco Embaló, foram alvo de comparação: “Nos PALOP, a Guiné-Bissau é o único país onde o jornalista insulta o Presidente da República e vai dormir sem nada lhe acontecer. Vemos países em que os jornalistas são alvejados nas ruas”, realçou o chefe de Estado guineense.
“E quando é que um de vós vai ousar insultar o Presidente de Angola, Moçambique, Cabo Verde ou de São Tomé e Príncipe? Não têm de fazer isso porque não têm esse direito. Mas os outros [jornalistas] insultam o vosso Presidente [da República], e isso não é vergonha para mim, é para vocês.”
Embaló reagia indiretamente as críticas do Sindicato dos Jornalistas de Angola, que repudiou a sua conduta “desonrosa” e nada exemplar ao insultar publicamente um jornalista guineense em julho passado.