Um grupo de seis futebolistas guineenses reclama à Federação de Futebol da Guiné-Bissau (FFGB) uma dívida de 42.902.500 francos CFA do prémio de qualificação para o Campeonato Africano das Nações (CAN’2017), cuja fase final foi realizada no Gabão.
Trata-se de Ansumane Faty Júnior, Ibraima Só, Edson Silva, Cícero Semedo, Arnaud Mendy e Beto Catiane, que participaram em diferentes partidas da Guiné-Bissau do acesso ao CAN na altura, nas seleções orientadas por Baciro Candé.
Estes atletas, que foram determinantes no primeiro apuramento histórico da Seleção Nacional de Futebol para a fase final da maior competição de futebol em África, aguardam há sete anos que lhes seja pago o prémio, mas até ao momento o problema não foi resolvido pela FFGB junto do executivo.
O grupo de jogadores, designados “Antigos Combatentes”, subscreveram recentemente uma carta aberta dirigida ao povo guineense que a secção desportiva do Jornal O Democrata consultou.
Na carta, os atletas demostraram a sua indignação perante o silêncio da FFGB na resolução do pagamento desta dívida que remonta a 2017.
“Este grupo de jogadores vem ao público demonstrar a sua indignação perante o silêncio e a inércia da FFGB”, pode ler-se na carta, na qual o grupo criticou a falta de compromisso das autoridades na reparação de um” grande erro”.
“A morosidade e a falta de transparência sobre o funcionalismo da instituição neste contexto, a postura e a dedicação até hoje demonstradas roçam a indiferença e merecem as nossas maiores críticas” assinalaram os subscritores.
Na massiva, os jogadores que foram titulares internacionais pela Guiné-Bissau, entende que é “incompreensível” o tratamento desigual a que foram sujeitos e a falta de retidão de um grupo de jogadores que por “avareza” e/ou narcisismo, tirou proveito da circunstância para o benefício próprio em detrimento da totalidade do grupo.
Em declarações ao jornal Democrata esta segunda-feira, 02 de setembro de 2024, a partir de Luxemburgo, Ansumane Faty Júnior, um dos porta-vozes do grupo, mostrou-se desapontado com a instituição federativa que até agora não fez diligências junto do executivo para que os jogadores pudessem receber o dinheiro.