A secção de Brandão, no setor de Tite, região de Quinará, no Sul da Guiné-Bissau, enfrenta sérias dificuldades que tem a ver com a pobreza, falta de condições de funcionamento do centro de saúde local, falta de água potável, da corrente elétrica para a aldeia e o próprio hospital, a noite, funciona na escuridão total, razão pela qual várias vezes as parteiras são obrigadas a fazer partos com lâmpadas de mão ou de telemóvel. A precariedade que se regista na secção, que depara com problemas de falta de tudo, leva as populações à recorrem às cidades de Tite e Buba para resolverem as suas necessidades, desde a questão de saúde até para as compras de produtos alimentares.
A população vive essencialmente das pequenas produções agrícolas e um grupo concentra as suas atividades na pesca artesanal, sobretudo a pesca para a sobrevivência. A tabanca de Brandão é a sede da secção com uma população estimada em mais de 991 habitantes, de acordo com os dados consultados de agentes de saúde comunitária local pelo jornal O Democrata.
A secção é constituída por 12 aldeias, nomeadamente: a aldeia de Brandão, Daru, Buducu Garandi, Gandjabela, Wanandin, Serraleon, Gã-Malam, Bilá, Nema, Sintchan Bula, Nova Sintra e a aldeia de Louvado (Gã-Carato). Ainda a secção tem um Posto avançado da Esquadra da Polícia de Ordem Pública (POP) de Tite, que tem quatros agentes e funciona num edifício em avançado estado de degradação.
O troço que liga a aldeia de Brandão ao porto de Enxude, com uma distância de 27 km, está melhorada e facilita a circulação dos transportes públicos e particulares que se deslocam àquela zona. Da aldeia de Brandão para a cidade de Buba, que dista a 43 km e em troço de terra batida melhorado, nota-se a degradação de algumas zonas por causa da chuva, entre a cidade de Fulacunda e Buba (zonas das tabancas de Tira-Camisa e também a aldeia de Atché), criando dificuldades às viaturas.
A nossa reportagem registrou a colocação de postes para a corrente elétrica da iniciativa de OMVG, contudo nota-se a esperança da população local sobre a eletrificação da aldeia, mas continuam ainda a apostar e acreditar mais no uso de painéis solares para a iluminação das suas casas a noite e carregar a bateria de telefones.
A tabanca conta com três escolas públicas, designadamente, uma do ensino básico unificado, jardim e liceu (escola Evangélica – Privada), uma pequena esquadra da Polícia de Ordem Pública (POP) cujo o edifício se encontra em avançado estado dedegradação, um centro de saúde tipo C. A nossa reportagem visitou pequenas lojas de venda e constatou que o preço de arroz praticado na localidade varia de 22.500 (arroz partido) a 25.500 (arroz grosso) francos cfa.