Bissau, 25 setembro 2024 (noticiasaominuto) – O Presidente da Guiné-Bissau defendeu esta quarta-feira, na Assembleia Geral da ONU, uma reforma financeira internacional, num discurso em que aproveitou também para listar as “políticas públicas acertadas” que estão a ser concretizadas no país.
“Centenas de milhões de pessoas continuam a viver em extrema pobreza (…) e sem esperança num mundo melhor”, afirmou Umaro Sissoco Embaló, nos debates gerais da 79.ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas.
“Tornou-se mais urgente ainda implementar reformas na governação global económica e financeira para a tornar mais justa, inclusiva e equitativa”, acrescentou, sublinhando que “é preciso lutar de maneira mais eficiente contra a pobreza e exclusão social”, dando como exemplo o financiamento dos programas de desenvolvimento.
Por outro lado, o chefe de Estado guineense defendeu alterações na representatividade africana nas Nações Unidas: “Oito décadas depois da fundação da ONU, (…) vivemos hoje num contexto mundial totalmente diferente, e continuamos a apelar para a reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas, que deve ter em conta os interesses de África”.
Por isso, sustentou, “reformar a arquitetura financeira internacional é fundamental para promover uma maior inclusão, nomeadamente, de África, tendo em conta o papel do continente africano na economia mundial”. Embaló aproveitou para apresentar os resultados, no seu país, de “políticas públicas acertadas”.