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Práticas assustadoras nos oceanos e ativista alerta para o perigo

 

Bissau – (07.10.2024) – A prática de processamento offshore no Mar de Bissau constitui a preocupação dos ambientalistas e alertam para o perigo ao Ecossistema marítimo.
À CFM, uma fonte junto das entidades piscatórias do país denunciou a existência de dois navios de grande porte, com mais de 20.000 toneladas, a pescar nas águas territoriais do país.
Segundo a fonte “eles [navios] ameaçam seriamente os oceanos, por estarem a utilizar vários “peixes para fazer farinha de peixe”, inclusive peixes para consumo humano.
“O terceiro navio de processamento chegará em breve a Bissau, com uma capacidade diária de processamento de mais de 5.000 toneladas de pescado, uma quantidade muito assustadora. Estes navios de processamento estão no mar há muito tempo, envolvendo em atividades de pesca destrutiva. Eles pescam peixes que medem entre 1 cm e 30 cm e os fornecem aos barcos de farinha de peixe”, revelou o informante.
O confidente de CFM é de opinião que “talvez dentro de alguns meses, ou (…) dentro de um ano, o peixe do Mar de Bissau desapareça e que não teremos mais peixe para comer e os nossos descendentes sofrerão com a falta de peixe”.
Sem revelar o nome da empresa responsável, o confidente de CFM anotou que “os navios de processamento produzem uma grande quantidade de mercadorias”, e disse ainda “não vimos o seu apoio às exportações, nem o seu apoio ao desenvolvimento da economia de Bissau. Não vimos estes navios empregando os jovens da Guiné-Bissau, não vimos os navios pagando impostos para o nosso governo”.
“O que fazem no mar é vago, ninguém sabe o que fazem e as atividades ilegais não podem ser regulamentadas. O nosso país e o nosso povo não recebem nada dos navios de processamento, apenas os proprietários dos navios de processamento beneficiam dos nossos oceanos, e quando tiverem capturado todo o peixe dos nossos mares, irão deixar-nos. Ficamos com um oceano pobre, sem peixes, um oceano cheio de poluição”, disse.
A fonte apela “a toda a população da Guiné-Bissau e ao governo guineense para que prestem atenção a esta questão e tomem medidas para nos dar paz e mares limpos”.
Contatado pela CFM esta sexta-feira, 4 de Outubro, Malam Sambú, especialista em Direito ambiental alerta para o perigo que a prática constitui para o Ecossistema marítimo, caso as revelações se confirmarem.
“Naturalmente, isso tem consequência negativa ao meio ambiente e para gerações vindouras “, disse o ambientalista que fala “da solidariedade geracional “o que para ele “deve haver racionalidade na exploração dos recursos “.
O ambientalista aponta ainda para a extinção de espécies marinhos, principalmente o peixe da qualidade.
“É urgente pôr cobro e esclarecer esta situação, se eventualmente esse ambiente se verifica nos nossos mares. Porque é extremamente preocupante “apelou o ativista que apontou ainda “sentimento de pertença “assim como “um estudo de impacto ambiental “para práticas de natureza.
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