Pelo menos uma pessoa morreu hoje durante os protestos convocados pela oposição na Guiné-Conacri contra a junta militar no poder. Os manifestantes foram dispersos pela polícia com gás lacrimogéneo e munições reais na capital, Conacri.
Os protestos, que levaram ao bloqueio do trânsito e ao encerramento de lojas em muitas zonas da capital guineense, foram convocados pela plataforma Forças Vivas da Guiné (FVG), constituída por partidos políticos e organizações da sociedade civil.
A FVG apelou a uma manifestação pacífica para exigir o fim do regime da junta militar e o estabelecimento de uma transição civil para um rápido regresso à ordem constitucional, mas as autoridades proibiram o protesto.
Os militares no poder tinham-se comprometido a devolver o poder aos civis após uma transição de dois anos, mas o prazo expirou em 31 de dezembro sem que fossem convocadas eleições, com as autoridades a anunciarem um atraso no regresso à ordem constitucional.
O país é dirigido por uma junta militar chefiada pelo coronel Mamadi Doumbouya (foto) desde 05 de setembro de 2021.
Nesse dia, membros do Grupo das Forças Especiais do exército realizaram um golpe de Estado e derrubaram o então Presidente, Alpha Condé, que governava desde 2010, depois de se ter candidatado a um controverso terceiro mandato em outubro de 2020, o que não é permitido pela Constituição guineense.
Fonte: http://dw.com
