Bissau, 24 agosto 2024 (O democrata) – O Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde acusa o Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, de interferência “grosseira e abusiva” nos assuntos internos dos partidos, com o intuito de promover divisões internas no seio das formações políticas, exacerbando ainda mais o clima de tensão política prevalecente no país.
Nas resoluções da Comissão Permanente do PAIGC reunida esta sexta-feira, 23 de agosto de 2024, lê-se que Sissoco Embaló manipula os tribunais para alcançar os seus fins, sublinhando a persistente violação dos direitos fundamentais dos cidadãos, nomeadamente as liberdades de manifestação e de imprensa, bem como agressões gratuitas e vergonhosas contra profissionais da comunicação social”.
“Estes atos deliberados do Presidente da República visam minar os fundamentos do Estado de Direito Democrático e consolidar um regime autocrático à revelia da vontade popular e sem qualquer legitimidade democrática”, lê-se, tendo solidarizado com o Partido da Renovação Social (PRS) e o Movimento para Alternância Democrática (MADEM G-15), através das suas “Direções legítimas lideradas”, respetivamente, por Fernando Dias da Costa e Braima Camará, vítimas das investidas de Umaro Sissoco Embaló para “desestabilizar e dividir as suas formações políticas”.
Os libertadores congratulam-se ainda com a assinatura em Lisboa da Declaração Política Conjunta entre o PAI – Terra Ranka e o Fórum para a Salvação da Democracia, visando constituir uma frente comum para combater o “regime ditatorial que Umaro Sissoco Embaló está a instaurar na Guiné-Bissau”.
A Comissão Permanente Nacional aprovou o calendário político do PAIGC para o Setembro Vitorioso, que abrange, nomeadamente, as celebrações do centenário de Amilcar Cabral e a realização das reuniões dos órgãos estatutários do partido.
