Numa avaliação sobre os desenvolvimentos das manifestações, a Ordem dos Advogados de Moçambique (OAM) considera que a violência verificada nos últimos dias no país “demonstra claramente que estamos a perder a capacidade de diálogo na sociedade, normalizando a violência e o ódio, constituindo, este tipo de actuações um alarme para o instinto da segurança do homem comum em sociedade.”
Num comunicado assinado pelo bastonário da OAM, Carlos Martins, a instituição relata que “tem recebido, com bastante preocupação, denúncias graves de atos de cobranças ilícitas protagonizadas pelos manifestantes em vários pontos da cidade de Maputo e Matola” e “relatos igualmente preocupantes e assustadores sobre a vandalização e pilhagem em diversos estabelecimentos comerciais”.
Condutas que, a seu ver, “para além de criminosas, colocam em causa o direito às manifestações, por contender com outros direitos de mesma dimensão constitucional”, considera a OAM, que pede aos manifestantes “que evitem e se abstenham de praticarem atos de pilhagem, violência e vingança”.
A Ordem dos Advogados de Moçambique apela ainda a uma rápida decisão do Conselho Constitucional sobre os resultados eleitorais.
Fonte:DW