Bissau, 18 março 2025 (O democrata) – Os cidadãos guineenses reagrupados em mais de 50 organizações cívicas e sociais ameaçam convocar o povo guineense nos próximos dias para combater à ditadura e colocar o “usurpador Umaro Sissoco Embaló fora do Palácio Presidencial”, e por conseguinte, restablecer a normalidade constitucional e criar condições para a realização do bem-estar para todo o povo africano da Guiné-Bissau.
Em uma carta aberta dirigida ao Presidente da França, Emmanuel Macron, as organizações lembram que as aparentes relações diplomáticas que o Presidente Macron mantém com o Presidente cessante, Umaro Sissoco Embaló, não só são absolutamente alheias aos interesses dos povos guineense e frances, mas também colidem frontalmente com os valores e principios fundadores da República da França, um país de democracia, de direitos e de liberdades.
“Por conseguinte, os seus contínuos apoios pessoais ao regime ditatorial de Umaro Sissoco Embaló são tidos como um patrocínio inequívoco que tem contribuído para a consolidação do regime autocrático na Guiné-Bissau com um real contágio a nível regional, em nome da agenda
fundamentalista obscura e alheia aos interesses dos povos da Guiné-Bissau e da França” lê-se na carta consultada pelo O Democrata, afirmando que o povo da Guiné-Bissau está a travar uma árdua luta contra um regime de “cariz autocrático e ditatorial encabeçado por Umaro Sissoco Embaló cujo mandato terminou no dia 27 de fevereiro último e que por teimosia, desprezou à Constituição da República e demais leis em vigor no país, continua ilegalmente a ocupar o Palácio Presidencial com uma clara cumplicidade das forças armadas, cuja missão é garantir o respeito pela Constituição da República e pela legalidade Democrática”.