Bissau, 19 março 2025 (DW) – A cada dia que passa, surgem novos episódios que tornam a crise política na Guiné-Bissau mais difícil de resolver. Professor universitário sugere o envolvimento de ex-chefes de Estado num diálogo nacional.
Os opositores insistem que o mandato presidencial de Umaro Sissoco Embaló terminou a 27 de fevereiro, mas este diz que o limite temporal é só setembro próximo.
A crise política adensa-se e as noites de terror voltaram à capital guineense. Na segunda-feira, o político Agostinho da Costa, uma das vozes mais críticas do Presidente Umaro Sissoco Embaló, foi raptado e levado ao Ministério do Interior, para pouco depois ser devolvido à liberdade.
A presidente do Movimento Social Democrático (MSD), Joana Cobdé Nhanca, aponta para a atual liderança do país: “Não há liberdade de expressão”, comenta.
A política fez ainda um apelo: “O poder é do povo e, se não respeita o povo, demita-se. Não pode permanecer em funções a sequestrar um Estado e a torturar pessoas”.
Futuro incerto
A indefinição da situação política continua a preocupar vários observadores, que apesar da marcação da data das eleições legislativas e presidenciais para 23 de novembro deste ano, por Umaro Sissoco Embaló, acreditam que o problema está longe de ser ultrapassado.
O jornalista Fernando Jorge Pereira afirma que é difícil prever o desfecho da crise política guineense.