Em Caracas, Venezuela — Um grupo de 18 médicos guineenses, contemplados com bolsas de estudo para especialização médica na Venezuela, enfrenta sérias dificuldades financeiras. Os profissionais, que partiram em fevereiro de 2024, fazem parte de um acordo entre os presidentes da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, e da Venezuela, Nicolás Maduro Moro. No entanto, após sete meses de estadia, o grupo ainda não recebeu qualquer remuneração ou subsídio do governo guineense.
Na altura da partida, os médicos relataram a sua preocupação ao Presidente da República sobre a falta de subsídios na Venezuela. Em resposta, Embaló orientou os profissionais a entregarem os seus dados bancários ao Ministério da Saúde Pública, para posterior envio ao Ministério das Finanças, de modo a garantir o pagamento dos salários. No entanto, apesar de terem seguido essas orientações, nenhum valor foi depositado nas suas contas até agora.
Sem o apoio prometido, os médicos relatam viver da ajuda financeira de familiares e enfrentam cada vez mais dificuldades para sustentar-se. Diversas tentativas de contato com as autoridades nacionais foram feitas, mas sem sucesso. Cartas foram enviadas aos ex-ministros da Saúde, Domingos Malú e Maria Inácia Có Sanhá, bem como ao atual ministro, Pedro Tipote, sem qualquer resposta até o momento.
A última tentativa do grupo foi uma carta enviada à Presidência da República em julho, que também não obteve retorno. Em busca de soluções, os médicos decidiram recorrer aos órgãos de comunicação social para expor a situação e pressionar o governo a agir.
O coletivo de médicos espera que, com a divulgação do seu apelo, as autoridades competentes possam responder às suas reivindicações e regularizar os salários, garantindo as condições mínimas para que possam concluir com sucesso a sua especialização médica na Venezuela.
Fonte: CAP-GB
