Bissau, 27 fevereiro 2025 (DW) – O apelo da oposição de paralisar o país surge no dia em que, segundo sustenta, termina o mandato do Presidente Umaro Sissoco Embaló, cinco anos após a tomada de posse.
O chefe de Estado guineense, Umaro Sissoco Embaló, anunciou no domingo (23.02) que vai marcar as eleições presidenciais e legislativas para 30 de novembro, mas a oposição exige a sua marcação para maio.
Contudo, Embaló considera que o mandato se iniciou após a decisão do Supremo Tribunal sobre o contencioso eleitoral, que se seguiu às eleições de novembro de 2019, ou seja, a 4 de setembro de 2020.
“Apelamos à população para que fique em casa. Todos os mercados, lojas e escritórios estarão encerrados. Pedimos aos transportes que parem todas as atividades amanhã”, declarou o ex-primeiro-ministro Nuno Gomes Nabiam, na quarta-feira (26.02), num discurso em nome da coligação de oposição Aliança Patriótica Inclusiva.
“Estamos a pedir a paralisia total do país”, disse a centenas de apoiantes, após uma reunião dos líderes do partido.
Pouco depois, o ministro do Interior, Botche Candé, respondeu ao apelo de Nabiam.
“Continuem os vossos negócios em paz. Nada vai acontecer neste país. Tomámos as medidas legais previstas na lei para garantir a segurança das nossas populações”, afirmou o ministro.
“Todos os agentes da administração pública são chamados a apresentar-se nos seus locais de trabalho nos dias 27 e 28 de fevereiro de 2025”, sublinhou o Ministério do Trabalho e Emprego, numa nota publicada na rede social Facebook.