As mortes de Elvino Dias, conselheiro jurídico do candidato presidencial Venâncio Mondlane, e do mandatário nacional do partido Podemos Paulo Guambe, foram confirmadas pela Polícia da República de Moçambique e famílias das vítimas.
O carro onde seguiam foi interceptado no bairro da Coop e vários tiros foram disparados contra o carro em que seguiam as vítimas.
O advogado era conhecido pelas críticas ao regime. No tiroteio também morreu o mandatário do PODEMOS, Paulo Guambe. O PODEMOS é o partido que apoiou o candidato Venâncio Mondlane nas eleições de 9 de outubro último.
Associação Moçambicana de Juízes classificou o sucedido como um “ato covarde e hediondo”, que “representa um ataque não apenas à vida de um profissional dedicado, mas também à própria justiça e ao Estado de Direito em Moçambique”.
Já o Consórcio Mais Integridade fala de um “vil e bárbaro assassinato e insta as autoridades para que, este crime seja urgentemente esclarecido e os seus atores materiais e morais sejam responsabilizados”. É “um ato de intimidação de todos os que reivindicam a transparência e a verdade nas eleições de 2024”.
O coordenador da Rede Moçambicana dos Defensores de Direitos (RMDDH) diz que o assassinato de Elvino Dias “é um ataque também ao candidato Venâncio Mondlane”.
“É uma tentativa de silenciar Venâncio e o povo moçambicano que está a dizer que chega de injustiça eleitoral e está-se a preparar para segunda-feira lutar pacificamente pela justiça eleitoral”.
Sobre o silêncio das autoridades, Nuvunga diz que “devem ainda estar a concertar sobre quem vai falar”. “O objetivo é intimidar e silenciar o povo”, diz.
Fonte:DW