O Líder do Parlamento guineense e presidente do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde, Domingos Simões Pereira, disse no sábado, 12 de Outubro, numa coletiva de imprensa que “golpe” não é a sua opção, replicou ainda que “na democracia há só uma forma de ascender ao poder, via das urnas”.
Domingos Simões Pereira reagia assim não só ao “uso de gás lacrimogéneo contra os militantes do PAIGC” que reuniam num evento político no Círculo eleitoral 24 em Bissau, mas também, por ter sido “impedido de viajar para participar na 149ª sessão da Assembleia geral da União Interparlamentar em Genebra.
Questionado sobre a passividade do PAIGC perante as “aberrações e intimidações”, Simões Pereira replicou “golpe não é a minha opção “, tendo desafiado os que acham que são passivos “a usarem esse mecanismo”.
“Se revisitarem a minha casa, nem a arma branca vão encontrar “, disse Domingos Simões Pereira aos Jornalistas, sublinhando que quando exigem as Forças Armadas e de Segurança a assumirem as suas responsabilidades não significa que devem usar a violência, mas de cumprir a sua missão constitucional.
Domingos Simões Pereira criticou “a falta de imparcialidade nas próximas eleições legislativas, apontando as atuais composições do Supremo Tribunal de Justiça e da Comissão Nacional de Eleições como fatores que comprometem a justiça do processo”.
“Precisamos garantir que, quando as eleições forem realizadas, todos possamos reconhecer legitimamente os resultados. A Assembleia Nacional Popular se encontra assaltada, e, mesmo assim, está a reunir-se com a CNE para organizar as novas eleições”, apontou.
