No dia que a Guiné-Bissau assinala o Dia Nacional da Justiça, o Bastonário da Ordem dos Advogados do país (BOAGB), Januário Pedro Correia, traçou o “quadro negro” no sector da Justiça, falando da degradação de forma acentuada, ao longo dos anos, do setor considerado fundamental para o equilíbrio entre os órgãos da soberania do país.
Segundo a explicação de Pedro Correia, a justiça tem vindo a ser ignorada nas agendas politicas e administrativas do país em todo sentido, do alcance material e do investimento.
Correia falava este sábado, 12 de outubro, em conferência de imprensa da celebração do dia nacional da Justiça, sob lema: “Os Desafios da Justiça Guineense”, que decorreu nas instalações da sede da Ordem dos Advogados em Bissau.
Igualmente jurista de profissão e docente na Faculdade de Direito em Bissau, Pedro Correia lamenta a falta de condições de trabalhos para os magistrados e encerramento das portas dos tribunais, porque o Estado não paga a renda dos edifícios alugados para o efeito.
No ponto vista de crédito, segundo explicação do BOAGB, a justiça da Guiné-Bissau merece a classificação “negativa”, porque este crédito está a desaparecer dia após dia no seio das populações guineenses.
Durante a sua longa explanação, Correia abordou vários assuntos do quotidiano do sector da Justiça, com destaque para expulsão e suspensão de vários atores ligados ao setor judicial nos últimos meses.