A Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH) pediu esclarecimentos ao Estado de Angola sobre o paradeiro da jornalista guineense, lembrando que este país lusófono, enquanto Estado signatário da Declaração Universal dos Direitos Humanos e demais instrumentos internacionais, tem o dever e a obrigação de esclarecer aos familiares e aos guineenses em geral, sobre o paradeiro da jornalista Ana Emília Pereira, vulgarmente conhecida por Milocas, desaparecida em Luanda já há quase treze anos.
A conhecida Jornalista Milocas Pereira desapareceu em Luanda há cerca de 13 anos, sem que as autoridades daquele país desencadeassem uma investigação judicial credível, transparente e conclusiva, para apurar as circunstâncias que rodearam o seu desaparecimento e descobrir o seu paradeiro.
“Não obstante a LGDH ter enviada uma Carta ao então ministro do Interior de Angola solicitando informações sobre o sucedido, até a presente data, nem o governo angolano nem as autoridades da Guiné-Bissau se pronunciaram oficialmente sobre este caso que, tudo indica, se consubstancia num ato de assassinato por delito de opinião”, pode ler-se na nota da Liga divulgada na sua rede social Facebook.
Até à data do seu desaparecimento misterioso, Milocas era comentadora numa das rádios em Luanda.
A LGDH continua a exigir das autoridades de Angola, um esclarecimento cabal do paradeiro da jornalista Milocas Pereira e igualmente condena “o silêncio ensurdecedor” das sucessivas autoridades da Guiné-Bissau.