A Frente Popular insta o povo guineense à mobilização, à luta e resistência para o resgate das liberdades, da dignidade, da democracia e do Estado de Direito”, tendo exigido ao Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, a abandonar o poder a partir de 00h do dia 28 de fevereiro de 2025, em caso da não realização das eleições presidenciais nos termos previstos na Constituição da República.
Através de uma carta aberta endereçada ao povo guineense, a Frente Popular não só convidou a todas as forças patrióticas nacionais para as concertações com vista a uma larga convergência nacional para o período pós 27 de fevereiro, fim do atual mandato presidencial, mas também interpela à juventude guineense no sentido de assumir mais uma missão de salvaguarda do seu próprio futuro, hoje “hipotecado por um grupo de interesses inconfessos e absolutamente alheios às legitimas aspirações do povo guineense”.
Alerta às organizações internacionais sediadas no país, em particular a CEDEAO, sobre os riscos que “as teimosias do regime encabeçado por Umaro Sissoco Embaló” poderão acarretar ao país e o seu impacto negativo para a região oeste Africana, tendo alertado as forças de defesa e segurança sobre as consequências da sua instrumentalização para objetivos inconfessos que visam perpetuar as “ilegalidades e endossar a destruição dos valores e princípios que enformam a democracia e o Estado de Direito”.
A organização cívica lembra que o mandato do Chefe de Estado guineense termina no dia 27 de fevereiro de 2025, e, por isso, lamenta que a 24 dias desta data crucial, não foram tomadas quaisquer medidas sérias para preparar as eleições presidenciais.
Lê-se na carta que a não marcação das eleições presidenciais constitui “uma grande provocação para o povo da Guiné-Bissau”, desafiando-o a dar um salto patriótico para derrotar a suposta tentativa de golpe de Estado constitucional.