A Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) considera que a decisão da Meta, dona do Facebook e Instagram, de acabar com o programa de verificação de dados nos Estados Unidos abre a porta à “desinformação generalizada” e ao “discurso de ódio”.
Já a Rede Internacional de Verificação de Factos (IFCN) alerta que o fim do programa de verificação de factos Meta a nível mundial pode causar “danos reais”.
Num comunicado, citado pela agência Efe, a organização disse que o facto de “uma plataforma tão importante” ter tomado uma decisão que “desprivilegia a verdade” também “aumenta a pressão sobre uma comunicação social já sitiada” e “pode corroer ainda mais a confiança do público nas redes sociais e nos meios de comunicação social”.
A FIJ acrescentou que a “primeira mudança” será “o fim da relação entre o Meta e várias organizações de verificação de factos”, cujos contratos valem mais de 100 milhões de dólares (cerca de 97 milhões de euros).
“Os canais noticiosos estabelecidos têm de suportar o custo de reportar notícias verificadas, enquanto as plataformas que lhes retiraram a atenção e as receitas podem vender ‘espuma’ ilimitada, concebida para excitar em vez de informar”, alertou a organização.
Para a FIJ, este facto vem sublinhar a “tacanhez” dos governos de todo o mundo que “não conseguem encontrar formas de apoiar os meios de comunicação social”.