O diretor adjunto da Amnistia Internacional para a África Oriental e Austral, Khanyo Farise, disse hoje que “chega” de “repressão sangrenta em Moçambique” e que os moçambicanos têm o direito à liberdade e à reunião pacífica.
“Há mais de 50 dias que o Governo de Moçambique, liderado pela Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), se tem recusado a acabar com a sangrenta repressão aos manifestantes”, advertiu Farise. Na sua opinião, independentemente de quem ganhou a eleição ou das suas posições políticas, todos em Moçambique têm o direito à liberdade de reunião pacífica.
Farise disse que o uso flagrante, contínuo e crescente de força desnecessária e ilegal contra os manifestantes por parte das autoridades deve ser cessado imediatamente.
“O mundo deve condenar esta violência estatal e tomar medidas para acabar com ela”, prosseguiu, aconselhando a Comissão Africana de Direitos Humanos e dos Povos a iniciar, por seu lado, investigações para uma missão de apuramento de factos em Moçambique visando documentar as violações contínuas dos direitos humanos, aconselhou.
A Amnistia Internacional tem apelado repetidamente à comunidade internacional, incluindo a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) e a União Africana, para que tomem medidas para acabar com “este pesadelo”, referiu.
Fonte: Lusa