‼A Ordem dos Advogados de Moçambique (OAM) apresentou hoje ao Ministério Público uma queixa-crime contra os militares que atropelaram uma jovem durante protestos pós-eleitorais, classificando a ação de “criminosa, violenta, bárbara e gratuita”.
A Ordem declarou também, em comunicado de imprensa, ter pedido aos Ministérios da Defesa Nacional e do Interior, ao Chefe do Estado Maior das Forças Armadas e ao Comandante-Geral da Polícia “procedimentos disciplinares” contra os militares envolvidos no atropelamento, assim como no baleamento e morte de pelo menos três pessoas na província de Nampula, norte do país.
“Fica manifestamente claro que a conduta das forças de defesa e segurança é criminosa e não obedeceu aos requisitos da necessidade, da exigibilidade e, acima de tudo, da proporcionalidade e ponderação”, lê-se no documento, que classifica a ação de “criminosa e cobarde”.
As Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) assumiram na quarta-feira terem atropelado uma jovem na capital moçambicana, esclarecendo que o veículo encontrava-se “numa missão de proteção de objetos económicos” contra manifestantes e que a vítima foi socorrida.
Fonte: Lusa