Bissau, 26 setembro 2024 (DW) – Grupo de deputados foi impedido de aceder às instalações do Parlamento, alegadamente devido a “ordens superiores”. Nas ruas de Bissau, era visível hoje uma presença reforçada das forças de segurança.
Foi mais um dia de tensão na Guiné-Bissau. O país acordou com uma forte mobilização de elementos armados na capital.
O líder do Parlamento, Domingos Simões Pereira, tinha convocado o povo a ir à sede do Parlamento assistir à reunião da Comissão Permanente. Isto depois de Adja Satú Camará ter sido apresentada, pelo Governo, como a nova líder da Assembleia Nacional Popular (ANP).
A reunião não só não aconteceu, como também os deputados e militantes do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo-Verde (PAIGC) que responderam ao apelo de Simões Pereira foram impedidos de chegar perto do Parlamento.
Nas ruas, a revolta era visível: “Porquê indicar uma outra pessoa que não foi escolhida pelo povo?”, questionou uma das pessoas que se deslocou à ANP. “Peço a todos que continuemos, para mostramos à comunidade internacional e a todos que é a verdade que vai reinar neste país. É o nosso futuro que está em causa”, afirmou outra.
“Ordens superiores”
Em nome dos deputados do PAIGC, Octávio Lopes afirmou que foram à Assembleia enquanto legítimos representantes do povo para responder a uma convocação da Comissão Permanente. Mas a “ordem superior” falou mais alto, acrescentou.