Bissau, 16 agosto 2024 (RSM) – A crise interna no Movimento para a Alternância Democrática (MADEM-G15) atingiu um ponto crítico. O Coordenador Nacional, Braima Camará, denunciou o congresso extraordinário marcado para 17 de agosto, afirmando que a iniciativa viola os princípios estatutários do partido.
Essa posição foi expressa nesta quinta-feira, 16/08, em Bissau, durante uma mensagem dirigida aos militantes e simpatizantes do partido, abordando a reunião do Conselho Nacional, o órgão máximo entre congressos. Braima Camará, líder da segunda maior força política na dissolvida Assembleia Nacional Popular, classificou o encontro anunciado na semana passada pelo sancionado dirigente Sandji Fati como ilegal.
“Todos os militantes comprometidos com o estatuto devem marcar presença na reunião deste sábado”, declarou Camará, reforçando a ilegalidade do congresso extraordinário.
Altos dirigentes do MADEM-G15 anunciaram a realização do congresso extraordinário para o dia 17 de agosto, à revelia da direção superior do partido, alegando que o Coordenador Nacional tem violado os estatutos partidários.
Em um vídeo consultado pela Rádio Sol Mansi, Braima Camará afirmou que sua liderança tem como missão defender e fazer cumprir os princípios legais estabelecidos pelo partido. “Sendo um partido organizado e estruturado, temos a responsabilidade de defender e fazer cumprir todos os pressupostos legais do nosso estatuto”, declarou Camará, conhecido como Bá Quecuto entre amigos.
Segundo o político, o único órgão autorizado a tomar decisões dentro do partido é o Conselho Nacional. O líder do partido, que apoiou a candidatura do atual presidente nas últimas eleições presidenciais, anunciou a reunião do Conselho Nacional em oposição ao congresso extraordinário, que já foi alvo de uma ação judicial para sua impugnação.
