Bissau, 05 julho 2024 (DW) – PR da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, acusou o ex-primeiro-ministro Nuno Nabiam de envolvimento na tentativa de golpe de Estado em 2022, lamentando que alguém que ele ajudou politicamente o queira matar.
O Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, acusou hoje o ex-primeiro-ministro Nuno Nabiam de “saber da tentativa de golpe” de Estado de 01 de fevereiro de 2022,lamentando que alguém que ajudou na política o queira matar.
O chefe de Estado fez a acusação numa tertúlia com jornalistas no palácio da República, que durou mais de três horas, em que falou de quase todos os assuntos da vida do país.
Embaló relatou uma série de acontecimentos antes, durante e após a tentativa de golpe, citando sempre a alegada participação de Nuno Nabiam.
No dia 01 de fevereiro de 2022, homens armados atacaram, com armas do exército, o palácio do Governo, em Bissau, onde Umaro Sissoco Embaló presidia a uma reunião do Conselho de Ministros. O Presidente guineense disse que a ação foi conduzida por cerca de 30 militares e da qual morreram 12 pessoas, na sua maioria elementos da segurança presidencial.
O chefe de Estado explicou o que teria escutado, do local onde se refugiou, daqueles que o tentaram matarno dia 01 de fevereiro de 2022, em relação ao alegado envolvimento do ex-primeiro-ministro e líder da Assembleia do Povo Unido — Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB).
Embaló citou o militar que terá liderado a alegada tentativa de golpe, Tchami Yalá, afirmando que o então PM estava “do lado deles”. “Eu mesmo liguei ao Nuno mais de 30 vezes, mas não me está a atender”, acrescentou o Presidente, ao pormenorizar o que teria ouvido da boca do líder operacional do golpe, numa suposta ligação com o então primeiro-ministro.
Tchami Yalá, militar do corpo dos fuzileiros da Armada guineense, continua a monte desde a tentativa do golpe de fevereiro de 2022.