quarta-feira, junho 25, 2025
No menu items!
InícioMUNDOVenâncio Mondlane quer que Marcelo não seja neutro

Venâncio Mondlane quer que Marcelo não seja neutro

O candidato presidencial moçambicano Venâncio Mondlane disse hoje à Lusa que vai pedir na quarta-feira ao Presidente português que deixe a neutralidade de lado porque direitos humanos e cívicos estão em causa no seu país.

“Quando existe uma clara situação de violação de direitos humanos essa neutralidade acaba se convertendo em cumplicidade. Você não pode ser neutro quando há uma violação clara de direitos humanos. Isso já não é neutralidade. Isso é cumplicidade”, afirmou Venâncio Mondlane, que disse à Lusa que tem agendada uma reunião com Marcelo Rebelo de Sousa, ao início da tarde, no Palácio de Belém.

Venâncio Mondlane, ex-deputado da Renamo, o principal partido da oposição em Moçambique, é o candidato presidencial da Coligação Aliança Democrática (CAD), formação política que viu frustrada pela Comissão Nacional de Eleições (CNE) moçambicana a possibilidade de concorrer às legislativas, em 09 de outubro, simultaneamente com as presidenciais.

A CNE excluiu a CAD das eleições gerais de 09 de outubro por não reunir os requisitos legais, anunciou no dia 18 o órgão eleitoral.

A CAD recorreu da decisão para o Conselho Constitucional (CC), última instância judicial, e marcou para sábado uma “marcha pacífica” contra a exclusão das eleições gerais.

Na terça-feira, na conferência de imprensa em Maputo em que anunciou a realização da “marcha pacífica”, o presidente da CAD, Manecas Daniel disse caber ao povo decidir o que deve ser feito a seguir, caso o CC não venha “repor a legalidade e a verdade”.

Se mantiver a exclusão decidida pela CNE, o dirigente garante que a CAD devolverá a palavra à população, reconhecendo que os “ânimos estão ao nível mais alto”, numa “bomba relógio”.

Hoje, nas declarações que fez à Lusa, Venâncio Mondlane considerou que a decisão da CNE atenta contra a democracia moçambicana.

“Está mais que provado que a decisão da CNE é uma decisão mais política do que jurídica e, por essa via, significa que se o Conselho constitucional validar isso, vai ser mais uma ripa colocada nesse caixão em que se quer asfixiar a democracia”, disse.

do Noticia ao Minuto

 

RELATED ARTICLES

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Mais popular

Comentários recentes