terรงa-feira, junho 24, 2025
No menu items!
InรญcioOPINIรƒO๐—” ๐—–๐—ก๐—˜, ๐—ฑ๐—ถ๐—ฟ๐—ถ๐—ด๐—ถ๐—ฑ๐—ฎ ๐—ฒ๐˜…๐—ฐ๐—น๐˜‚๐˜€๐—ถ๐˜ƒ๐—ฎ๐—บ๐—ฒ๐—ป๐˜๐—ฒ ๐—ฝ๐—ผ๐—ฟ ๐—บ๐—ฎ๐—ด๐—ถ๐˜€๐˜๐—ฟ๐—ฎ๐—ฑ๐—ผ๐˜€ ๐—ท๐˜‚๐—ฑ๐—ถ๐—ฐ๐—ถ๐—ฎ๐—ถ๐˜€, ๐—ฒ๐˜‚ ๐˜€๐—ผ๐˜‚ ๐—ฐ๐—ผ๐—ป๐˜๐—ฟ๐—ฎ.

๐—” ๐—–๐—ก๐—˜, ๐—ฑ๐—ถ๐—ฟ๐—ถ๐—ด๐—ถ๐—ฑ๐—ฎ ๐—ฒ๐˜…๐—ฐ๐—น๐˜‚๐˜€๐—ถ๐˜ƒ๐—ฎ๐—บ๐—ฒ๐—ป๐˜๐—ฒ ๐—ฝ๐—ผ๐—ฟ ๐—บ๐—ฎ๐—ด๐—ถ๐˜€๐˜๐—ฟ๐—ฎ๐—ฑ๐—ผ๐˜€ ๐—ท๐˜‚๐—ฑ๐—ถ๐—ฐ๐—ถ๐—ฎ๐—ถ๐˜€, ๐—ฒ๐˜‚ ๐˜€๐—ผ๐˜‚ ๐—ฐ๐—ผ๐—ป๐˜๐—ฟ๐—ฎ.

Em 2012, na dinรขmica de reformas ambicionadas, decorrentes do Golpe de Estado, foi proposto e aprovado na Assembleia Nacional Popular que os รณrgรฃos dirigentes da Comissรฃo Nacional de Eleiรงรตes (CNE) fossem ocupados apenas pelos magistrados judiciais. Na qualidade de jornalista, acompanhamos, na altura, todo o debate. O argumento que suportou a tal proposta e que levou com que fosse aprovada assentara-se no facto de que, alรฉm de administrar e aplicar a lei, um magistrado รฉ uma pessoa eximida, formada para julgar, com imparcialidade e independรชncia, os factos que lhe รฉ apresentado no fรณrum judicial. Por sinal, tem de ser uma figura com autoridade e integridade moral. Atรฉ porque, contrariamente ร  nossa opiniรฃo original, convencemo-nos, na altura, que era uma boa ideia, alรฉm do mรณbil que teria estado na origem da iniciativa. Ora, volvidos 12 anos, e olhando para o estado deplorรกvel e vergonhoso da nossa classe jurรญdica, graรงas a โ€œum grande trabalhoโ€, mas โ€œum grande trabalhoโ€ dos prรณprios operadores do sector, cuja cรบpula espelha um mau exemplo, com fortes sinais de promiscuidade e submissรฃo absoluta ao poder polรญtico, curvamo-nos e voltamos a defender a nossa opiniรฃo inicial: a CNE nรฃo pode ser privatizada exclusivamente a uma certa categoria profissional. No nosso entender, nรฃo sรณ por ser um รณrgรฃo com muita dose administrativa, mas os exemplos memorรกveis dos falecidos Presidentes deste รณrgรฃo, Aladje Malam Manรฉ, Henrique Rosa e Desejado Lima da Costa (paz as suas almas) provaram, mais do que suficiente, que a Comissรฃo Nacional de Eleiรงรตes nรฃo precisa ser entregue apenas a um grupo de cidadรฃos categorizados, mas sim, carece รฉ de pessoas รญntegras e comprometidas com a verdade e a justiรงa, independentemente da รกrea de formaรงรฃo. Atรฉ porque, em caso de um eventual contencioso eleitoral, aรญ sim, os juรญzes do Supremo Tribunal de Justiรงa (STJ), na veste do Tribunal Constitucional, รฉ que sรฃo chamados para apreciar, julgar os factos e aplicar a lei. Assim diz a prรณpria legislaรงรฃo em vigor. ร‰ essa mesma legislaรงรฃo que assegura que a CNE รฉ tutelada pela Assembleia Nacional Popular [Parlamento] e que os seus dirigentes sรฃo indicados e suportados pelas bancadas parlamentares e aprovados, em sessรฃo plenรกria, pela prรณpria Assembleia Nacional Popular. Portanto, a partir do momento em que esta Lei foi aprovada [de apenas os Magistrados Judicias serem dirigentes da CNE], a ANP passou, de facto, a partilhar a composiรงรฃo deste รณrgรฃo com o Supremo Tribunal de Justiรงa, atravรฉs da “disponibilizaรงรฃo” de quadros da Corte Suprema, nรฃo obstante serem comportados politicamente pelas bancadas parlamentares. Isto รฉ mais um elemento para sustentar a promiscuidade dos operadores da justiรงa com a classe polรญtica.
Por isso, e mais outras razรตes, eu sou contra a privatizaรงรฃo dos รณrgรฃos dirigentes da CNE.
Por: Lassana Cassama
Foto: Audiรชncia Eleitoral 2019 – CFM.
C.E. 28.
RELATED ARTICLES

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentรกrio!
Por favor, digite seu nome aqui

Mais popular

Comentรกrios recentes